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Expedição America do Sul 3ª parte Wilney Ribeiro

Viajantes
San Pedro de Atacama - San Antônio de Los Cobres - 335 km

* 76° DIA: 01/11/2018

San Pedro de Atacama é mais um daqueles lugares muito difícil de sair, já com saudades de tudo, o Hotel Corvatsch até agora foi o melhor lugar que fiquei, preciso voltar aqui, é mais uma cidade, junto à AguasCalientes (Machu Picchu Pueblo), para ficar gravado na memória.
Dessa vez não vou voltar pelo Paso Jama, vou pelo Paso Sico, um passo paralelo, off-road, muito mais difícil, na parte do Chile o asfalto é tudo muito belo, parando toda hora para curtir o Deserto do Atacama e suas belezas fascinantes.
Depois de vários Salares, chego na divisa, o asfalto acaba e vem o Off-Road, 11 km depois chego na Aduana, que é integrada, ninguém na fila, um lugar isolado, até os funcionários não ficam nos postos rss, fiz os trâmites de sempre, passaporte saída Chile, entregar o Permisso do Chile, depois carimbar passaporte Argentina, na Argentina não tem Permisso, então é só carimbar passaporte e ir embora.

Assim que sai da aduana, tem 2 caminhos, cuidado, o Google Maps errou no número da Ruta e sugestão de roteiro, na verdade, a Ruta 51 é dessa imagem que postei abaixo, o Maps sugere ir por cima, mas a estrada é muito ruim, foi o que me disseram na aduana, então peguei reto, por um caminho que nem aparece fácil no Google Maps, mas era o certo, inclusive várias placas indicando Ruta 51. O maps precisa corrigir isso.
Mas se esse é o caminho melhor, nem quero saber como é o outro kkkk, 90% do trecho é costela de vaca, 80% Rípio com cascalho e areia, me lembrou o sul da Patagônia, pela luta 40, mesmo assim a viagem não rende, pois a beleza do local faz parar toda hora para fazer fotos e vídeos, pequenos rios, que descem da cordilheira, infiltram e sai pelas rochas vulcânicas, com água quente, um show de natureza, sempre rodeado de sal, nunca vi algo tão surpreendente!

Confesso que às vezes dava medo, pois eu encontrei somente uma caminhonete durante o dia inteiro, região isolada, quase sem vida alguma, alguma mineradora e só, é bom ter muita preocupação e atenção com equipamento, com a moto, para que nada dê errado.
Chego à Abra de Alto Chorrillos, muito alto, (ainda bem que não passei mal, mas levei folha de coca), muito lindo, serras e curvas, logo chego em Santo Antônio de Los Cobres, sempre quis passar e conhecer aqui, não dava muito por essa cidadezinha, mas é muito fantástica, estou amando aqui, é aquele tipo de cidadezinha, pequeno vilarejo do interior da Argentina, estou na Argentina, vou curtir Argentina! Ihuuuu.
Tem vários hostels, achei um por 50 reais, e fui comer algo. Estou cansado hoje, foi bem punk. Quase 12 horas para 335 km.
Amanhã, Tilcara, finalmente!







    Cumbitara - Ipiales - 180 km
MEU OBJETIVO FINAL NA COLÔMBIA: "Las Lajas".


* 46° DIA: 02/10/2018
Saí cedinho denovo para aproveitar o dia, muitas serras, essa cordilheira dos Andes é show, dessa vez teve até gelo, muito frio, muitos "Pare e Siga", a moto nas alturas não rende, de 21cv vai para uns 8cv rsss, até que chego na tão esperada Ipiales. Cidade grande, mas nem tanto, não é tão caótica, fui logo ao centro, onde já havia pesquisado hotéis. Há muitos hotéis aqui, a maioria sem garagem, não dá. Achei um bom, bem no centro, por 55 reais com café da manhã e garagem, ótimo, "Hotel Internacional El Nogal".
Como cheguei meio-dia, já de propósito, fui procurar uma Peluqueria (cabeleireiro) para raspar essa cabeleira kkkk. Depois fui bater perna pela cidade, comprar um perfume barato rss, foi muito legal a mulher fazer o perfume, montando ingredientes e ao final um toque de Feromônios para atrair fêmeas kkkkk, bem que tô precisando, só consigo atrair dragões hehehe.
Depois fui andar mais, até que vejo o que? Uma Papas Rellena na vitrine, não aguentei, 3 reais só kkkk, comi com gosto!
Voltei ao hotel, iria lavar roupas hoje, muita roupa, mas no hotel tem lavanderia, fizeram tudo pra mim por 5 reais, haaa, vou fazer isso. Assim aplico meu tempo no turismo, pus tudo pra lavar, amanhã, país novo, tudo limpinho e novo né rsss.
14:00hs, ótimo, bora banhar e pegar um coletivo por 3 reais para Las Lajas. Fica abaixo da praça principal, são aqueles carros que citei em Cartagena, vá perguntando...
Ipiales é muito fria, estamos a quase 3000mts de altitude! Todos andam agasalhados, só o Goiano aqui que não né kkk.
O Santuário fica à uns 15 minutos, em Potosi, tem hotéis também, havia pesquisado e não achei, mas ficar em Ipiales foi melhor rs.
Chegamos, wowwww, é indescritível a sensação de ver tudo isso, quanto mais descia o enorme precipício do cânion, mais o imponente e vislumbrante santuário ia dando as cara. É muito organizado e bonito aqui, muito estruturado, investiram bem! Andei por tudo lá, claro, sempre ofegante, afinal, a quase 3000mts de altitude é complicado rss.

O Santuário de Nuestra Señora de Las Lajas.
O Santuário esta localizado no cânion do rio Guaitara no Departamento de Nariño, na Aldeia de Las Lajas,município de Ipiales, no sul da Colômbia e a 10 km do Equador.
Construído sobre uma ponte de dois arcos que cruza o rio Guaitara. A ponte tem 50 metros de altura por 17 metros de largura e 20 metros de comprimento. A altura do Santuário, de sua base até a torre é de 100 metros. O fundo das três naves é uma parede de pedra natural da garganta do Canion e na nave central se vê em destaque a imagem da Virgem do Rosário, pintada por um autor desconhecido em uma laje de pedra.
Por volta de 1754 a imagem da Virgem do Rosário foi descoberta por uma indígena chamada María Mueses com Rosa, sua filha, quando se dirigiam a sua casa; ao verem-se surpreendidas por uma tormenta, María e sua filha buscaram refúgio na beira da estrada entre as cavidades formadas pelas pedras planas e imensas lajes naturais que caracterizam essa zona do cânion do rio. Para surpresa da mãe, a criança que até aquele momento era considerada surda-muda chama sua atenção falando: "Mamãe, a mestiça me chama..."
Fato foi comprovado pelas autoridades católicas e até então é um santuário de muita importância e visitação.
Ana é dia de Aduana chata, mas um país novo a ser explorado, bora lá, que venha EQUADOR!













  Uribia - Punta Gallinas - 350 km
* 38° e 39° DIA: 24 e 25/09/2018
Nada ocorre ao acaso, nenhuma pessoa vem à nós sem um motivo. Esse é um desses momentos, se tivesse ido sozinho, tinha me dado muito mal. Mais um daqueles sufocos para coleção, e provavelmente uma des....
Saímos nós 3 do hotel às 08:30h. Tomamos um café da manhã numa Panaderia, fomos ao ponto do trevo da cidade onde ficam os clandestinos da gasolina, show, é uma briga de concorrentes rs. Enchi o tanque e comprei uma garrafa Pet de 3 lts para levar por 11 reais só, detalhe, gasolina pura, das top.
Com a moto pura, sem baús e bagagens, ficou bem mais confiante fazer o Off-Road que nos esperava. Os próximos 50 km são de boa, pequeno buracos, mas chão batido.
No caminho o Ronaldo perdeu uma bolsa de roupas, a bagagem do Leandro também cai da moto... rsss. Não entendo esses caras que levam até guarda roupa para esses lugares punk rsss. E eu só com a barraca, gasolina extra e 3 lts de água pra beber. Nesse trecho o ideal é não levar nada, só o extremo necessário mesmo.
Perdemos 1h para procurar a mala do Ronaldo, nada.
Logo depois entramos num lugar indicado pelo GPS, fomos indo e depois de um tempo começa a ficar complicado um alagado meio seco e apavorou, pois o barro quiabo até travou a roda dianteira, deu trabalho, atolava e deslizava muito. Até que encontramos um senhorzinho local, numa motinha pequena que ficou até meio bravo conosco porque estávamos ali, ele meio que preocupado dizendo que ali é perigoso, não era para seguir por ali, é rota dos guerrilheiros armados, sem falar que ia dar num outro alagado. Que para Punta Gallinas era para outro lado, ele nos guiaria até um certo ponto...
Fomos seguindo ele por dentro de trincheiras e mato, meio preocupados. Até encontrar um pequeno vilarejo onde paramos e fomos conversar mais. Muito complicado viver ali, como conseguem? Ainda meio receosos, fomos seguindo ele, olhando no gps, íamos para bem diferente da rota do gps, mas arriscamos assim mesmo. Fomos por trilhas e picadas bem punk, chegando em outro lugar o tio nos mostrou o rumo e nos largou, ele salvou agente. Putz, gps não era mais tão eficiente, porque existem mil estradinhas, um emaranhado, seguir gps não é o correto porque às vezes dava num morro, duna, alagado, atoleiro, etc. Mas fomos usando meio a meio e nos informando com os locais. De vez em quando areia, outro pedras, cascalho, buraco, etc. Olha, vou falar, se tivéssemos vindo 3 dias antes teríamos nos lascados, chuva aqui é suicídio, é aquele barro estilo quiabo e atoleiros enormes, ainda bem que estavam secos ou úmidos só.
Levamos 8:00hs para percorrer 150 km.
Se eu tivesse ido sozinho, teria sido um inferno, ou algo bem pior, porque eu teria insistido em seguir o Google Maps, GPS e teria ido rumo aos alagados e guerrilheiros armados, que temem por aqui. Combinação perfeito para uma desgraça. Deus no comando!
Bom, durante o trajeto existem muitos pontos de Pedágios Solidários, onde crianças pedem coisas. É uma cena triste de ver. Eu já sabia disso e comprei um saco de balas e ainda tenho meus balões, fez sucesso rss. Mas é muita pobreza, muito isolamento, da dó.
Foi entardecendo, a água que levamos não dava pra beber, fervia. No painel da moto do Ronaldo, marcava 50 graus. Tava complicado. Mas pelo caminho tem uns vilarejos e num deles uma vendinha, ufa, água gelada aqui, top! Descansados e bora tocar. Uns 20 km chegando, o terreno foi ficando mais difícil, pedras pontudas, soltas, buracos, areia, pequenas dunas que as vezes tínhamos que desviar, mas atolava... Até que chegamos no Farol, wowwww, quanta emoção!
Olha, chegar ao Ushuaia foi um sonho, mas chegar à outra ponta do continente, o ponto mais setentrional, foi loucura demais rsss. Dos 4 Extremos aqui é o mais difícil, 2 dias de Off-Road cansativo e braçal. Fotos e Vídeos e fomos procurar as Hospedagens aqui, já prevendo que ia ser caro, trouxe minha barraca somente, sem mais nada. Na primeira, melhor, hotel Luz Mila, era mais cara, uns 60 reais, na segunda mais a frente, Hotel Victoria, 42 reais o quarto, na rede uns 25 reais, ótimo! Depois de um dia assim, vou no quarto mesmo.
Mas não espere comodidade e luxo nesses lugares, água é salobra, banho com balde, quarto bem básico, gerador de energia até as 10, sem nada. Nem minha necessaire eu levei, só um sabonete emprestado do Hostel Victoria mesmo.
Deixamos coisas no hotel e fomos de moto mais a frente na praia tomar um banho no mar do Caribe e ver o lindo por do sol, top lá.
Voltamos e fomos jantar, 22 reais um prato muito fraco, mas era o que tinha. Tinha muitos turistas lá, apesar de ser isolado, existe um outro meio melhor para chegar, de barco, vá até Cabo De La Vela e pegue um barco para Punta Gallinas, muitos mochileiros lá.
Lua cheia, não precisa mais, que show, que espetáculo...
Hora de dormir, muito difícil ali, não dormi nada, fiquei sempre acordado, tão cansado, tão calor, uma ventania barulhenta, mas nem era isso, as vezes me da dificuldades pra dormir mesmo, não sei porque... Não deu rsss. Até que deu 5h e sai da cama, a lua cheia ainda lá, estava de dia já. Logo acordei os outros 2 e começamos a arrumar. Trouxe uma bolacha e pedi um café lá, porque o Desayuno deles é caro, uns 22 reais. Saímos e fomos ao farol denovo, top demais, estar à outra ponta do continente... Indescritível.
Não estávamos tão preocupados com o trajeto, pois no Garmin tem uma opção "Track Back", era só ir seguindo o tracejado de volta. É a tecnologia que salva vidas! E o que sempre falo, GPS é Garmin, o resto é lixo, já sou vacinado nisso rss
Mesmo assim o trajeto de volta foi punk, sono, não tinha dormido, calor de 50 graus no deserto, sem água fria... Muitos Pedágios, (teve uma hora que fiquei com dó de um menininho, eu parei e ele ficou com tanto medo de mim, achando que eu era um guerrilheiro armado que ia levar ele, ele ficou muito ofegante e quase chorando, pedindo para jogar os chocolates e balões no chão e seguir, enquanto ficou atrás da árvore... Que tristeza meu Deus), mas passamos, quando chegamos a linha do trem, que é a principal, foi alegria, ufaaa.
Quanto a gasolina, não precisava ter levado de Uribia, pelos vilarejos no começo tem muita gasolina pra vender, (quanto mais perto de Punta Gallinas não tem mais), nem barraca, nada. Também creio que o tanque da moto daria. Rodamos 350 km no total.
No caminho aqui, o Leandro Bazotti e sua companheira, foi para Cabo De La Vela, iam ficar por lá, nos despedimos aqui, valeu demais ter conhecido!
Chegando de volta a Uribia, fomos ao hotel que tínhamos deixado as coisas e vamos ficar outra diária, estávamos detonados. Mesmo assim fui procurar um lava-jato para manutenção da corrente, que ficou muito seca e sofrida, começo a me preocupar, pois tenho que cuidar bem da relação, fazer durar ao máximo.
De volta ao hotel e armar tudo novo na moto, de boa. Esperar chegar água no hotel, para lavar bota, camisa, um banho..., aqui em Uribia é região desértica, então, não espere conforto também não, água salobra, Internet ruim, mas minha Claro Américas funciona tão bem que até no deserto de Punta Gallinas estava pegando rss.
Uribia apesar de caótica é bem legal, muita animação e vida, uma pracinha show, gostei desse regionalismo!
Bora dormir mais cedo, amanhã: Cartagena!






15/09/2018
Segue a Expedição América do Sul!

3 dias sem Internet aqui no navio, subindo o Rio Amazonas para Colômbia. Ainda faltam 3, 5 dias até chegar rsss.
Até que não é tédio não. Não vai pensando que é só ver a mesma coisa o tempo todo, é interessante essa experiência. Vc se distrai com tanta natureza, a beleza da Floresta Amazônica, o rio, os ribeirinhos e suas vidas cotidianas, o próprio navio e seus passageiros diversos, pessoas simples com suas vidas sofridas e cheias de histórias para me ensinar. Amo isso!

Quando chega num vilarejo, isolado do mundo, todos correm para aproveitar a instante Internet ruim rsss, nem da pra postar nada kkk. Até eu que tive tempo de fazer 2 vídeos para o Canal do YouTube tô sofrendo para ver se dá pra fazer upload 🤦‍♂️
Uma hora dá certo 🙏 rssss.
Um vídeo é só sobre dicas desses navios.
Outro vídeo: Dicas e grande prosa sobre a Expedição até aqui, esse mais completo, tudo sobre a Guiana Francesa, Suriname, Guiana Inglesa e Venezuela!
NÃO PERCAM




Manaus, AM

Hoje foi o dia da moto, dei uma geral na Braga Motos (tinha lama dentro do filtro de ar kkk), comprei algumas peças de reposição para levar, visto que não quero confiar em comprar em outro país rs.
Tb aproveitei para comprar a passagem de barco para subir o Rio Amazonas até Tabatinga/Letícia. Serão 6 dias 🤦‍♂️, depois de lá, um voo para Bogotá com a moto.
Lembro que quando comecei a pesquisar, tinham me cobrado 1800 reais pela passagem, eu e moto, os caras forçam pra vc comprar antes e tal rs. Chegando aqui já ganhei um desconto e caiu pra 1500. Mesmo assim não quis. Fui lá hoje no porto pessoalmente com o Rodrigo Marinho Dos Santos e conseguimos por 1300 reais rs. Tá ótimo.
É um gasto necessário, não tem como fugir 🤦‍♂️

Mas o que seria de mim sem o apoio de amigos por esse mundão né rs. O Genghis Souza, Rodrigo Marinho, o Felipe Souza e a Danielly Souza que me cederam a casa, me ajudaram muito aqui em Manaus, essa linda e enorme Manaus








A aventura continua


* 18º e 19° DIA: 04 e 05/09/2018
  Linden - Lethem/Bonfim - 452 km

Posso contar no dedo os sufocos que tive na vida como nos últimos 2 dias. Os 2 dias que fui ao meu limite.
As 7h já tava saindo do hotelzinho em Linden (onde começa a estrada de chão dentre a Selva da Guiana Inglesa até o Brasil), é estranha, muito grande mas poucas casas e gente.
Começa a estrada de chão, vamos lá. (Já esperando os fatos de tantos comentários macabros que ouvi sobre a região mas não saio falando para não virar exagero de fake news, fofoca, etc).
No começo foram os trechos mais complicados, muita lama e barro. Parece ter chovido muito ontem. Meu destino era de apenas 230 km, bem no meio até a fronteira, na balsa em Kurupacari, do famoso rio Essequibo (o terceiro maior da América Latina) iria acampar ali. Os km não rendem, a moto só primeira e segunda marcha. Muito buraco. Mas os piores e traumáticos viriam logo, são as enormes panelas de atoleiros/lama que você não sabe como é o fundo. No começo ia com uma vara estudando antes de entrar (frescura), logo já estava entrando a pé mesmo, tem que passear dentro dos buracos para ver o terreno e profundidade. Olha... Teve umas 3 dessas que foi tenso. A moto ia e lá no meio escorregava para um outro buraco na lama, a moto caia e parece que nunca mais ia deixar de afundar, putz, nessa hora eu tremia nas bases, acelerava no último e foda-se embreagem, parar ou apagar ali era suicídio, olha nas fotos meu baú lateral até onde ficou encoberto de lama. Isso abala o psicológico. Nunca usei tanto uma moto no limite quanto aqui, acelerava no talo e embreagem fritando para não apagar dentro da lama e atoleiro. O fator Pneu Mitas E07 me ajudou muito, se não fosse o pneu não teria conseguido. (apesar que no asfalto consome mais).
Mais na frente um posto de gasolina, abasteci porque o próxima saiba lá onde (sempre muita água para beber, também comprei 1 bolinho para comer (apesar que tinha mantimentos para cozinhar). Muitos atoleiros e selva adentro. Não se via um ser humano, as vezes uma camionete, caminhão de madeireiros, índios mau encarados... A vantagem de uma moto leve e pequena nessas horas, não tem preço. Quando se viaja sozinho, num fim de mundo desses, tudo é diferente, tudo deixa de ser humor e prazer nessas horas. Tem que controlar muito o psicológico para não virar trauma e acabar com a viagem e querer voltar pra casa. Com amigos juntos você tem mais confiança e se distrai, um ajudando o outro. Algumas pessoas julgam e falam, mas suas viagens são sempre acompanhadas ou com carro de apoio, aqui não tenho esse luxo. Estando sozinho num ambiente assim, a morte parece mais de perto.

Passo por um controle policial, parei, não vi ninguém e fui. Logo vi um quadriciclo me perseguindo e era a polícia, dois me pararam e me falaram muita coisa, irados. Pronto, lá vem problema. Muito calmo e com quem não estava entendendo nada de inglês, me fiz de bobo e expliquei que não sabia que tinha que parar e esperar mesmo assim lá. Mostro passaporte, autorização da moto, seguro da Assuria obrigatório, etc e me pediram dinheiro, (no intendo sênior, mi brasileño rsss, money yo gasolina, no comer hoje), dei 300 dólares Guianeses, uns 6 reais, ficaram com tanto estresse que me liberarem mesmo eu só tendo isso kkk. Chorei tanto que ficaram com dó e me liberaram, e se eu contasse sobre minha vida eles até iam até me dar uma grana kkkk. Mas saibam, toda barreira ali tem que parar e mostrar documentos. Procure o guarda.

Apesar de selva, o calor é intenso. Não é época de chuva por aqui, por isso escolhi essa época, muita gente também não entendia porque as chuvas. Mas tudo é fase de aprendizagem né. Tamu aqui para isso, mas estava indo no meu limite.
Estou fedendo muito, não só por tanta lama ao corpo, jaqueta, calça sujas por dentro e adentrar nesses atoleiros cheio de coiseiras, lembro que em um deles tinha um bicho grande morto em decomposição dentro (Talvez uma anta), entrei assim mesmo e fui pisando para achar um caminho (medo da onça é constante, mas sabia que era difícil elas virem perto da estrada, mesmo com bicho morto ali); mas o suor era tanto que meus 2 litros de água acabaram até às 3h, não sabia onde era lama ou suor, mas eu estava fedendo muito.
Nada como parar no meio dessa vastidão, de solidão e ouvir, sentir, cheirar, enxergar a beleza da selva, onde só há você e Deus. Misantropia total.

Horas passam, km não passam.
Às 5h chego na balsa, 200 km Rodados, ufa, 2 Índios me informaram que para dormir é um pouco antes por onde passei.
Voltei e achei o lugar, bem bonito, estranho para o local, porque tá bem cuidado e parece que já sabem que aqui é um ponto de apoio necessário. Não passe daqui, deixe o restante para o outro dia.
Bom, aqui nesse ponto, me causava algum receio, pois li num blog e outra pessoa no Suriname também me disse que era comum o tráfico de pessoas nessa região, especulação? Fake news? Fofoca? Tá, tudo isso, (as vezes acontece uma vez só algo parecido e vira isso), tô cansado de pedir informações nas redes de algum lugar e algumas pessoas virem com exageros e distorções, tipo, tão matando por lá, teve terremoto ontem (nem teve), os índios mataram 5 brasileiros essa semana (mentira), a polícia atira para roubar seu dinheiro e some o corpo na mata (aff, essa não dá pra acreditar né), mas sabe, só para causar terrorismo de WhatsApp, fake news mesmo. Não é por aí...

Pergunto se posso dormir ali, (um pessoal muito bacana, etnia indígena mas só falam inglês), até nos entendermos eu fiquei, gratuito dormir na rede ou barraca, mas tem hotel aqui também, 100 reais o quarto. Mas não dá, vou economizar. Camping.
Eu estava muito cansado, bota encharcada de lama e carniça, fedendo muito (até me mantia distância das pessoas), soando frio de vontade de banhar e dormir, fome, só comi direito ontem de ontem. Bom que me deixaram até tomar banho e lavar bota, meia... Ali tem muitas torneiras de captação de água, foi bom. Não tinha sol, só sombra e selva, mas eu continuava soando de calor rsss.
Depois de tudo arrumado fui perguntar se tinham algo para comer. Nesse lugar, (que depois vou cadastrar no Google Maps com fotos também), tem uma senhora, a nora e uns 4 filhos rapazes. Tudo etnia indígena. Um rapaz foi me perguntar o que eu queria comer (lá vem meu maldito inglês denovo aff), nos entendemos e ele me trouxe um prato típico indiano que não lembro o nome, tipo massa de crepe frito, com ovo frito rsss. Cara pensa na fome, não deu para matar a fome, mas saciou. Nesse lugar também tinha um casal de Nova Zelândia, mochileiros, dormindo na rede, passeando por ali, gente boa, fiquei mais animado em saber que não estava sozinho rss.
Escurecendo, às 7h já tava tão cansado que queria ir dormir. Nessa hora chegaram uns trabalhadores que dormiam ali, tudo gente esquisita, mau encarado, etnias diversas, com espingardas, lembro dos malditos boatos, aff, não vou ter uma boa noite de sono aqui. Mas eram madeireiros, normal por aqui. Fui dormir às 8h, minha coberta era a toalha, mas nem usei pelo calor. Começa a chuva aff, pensava em amanhã com chuva. Mas tava tão cansado que apaguei, as vezes acordava com passos, ou bichos cheirando a barraca, nada de mais.

Dormir muito, acordei 6:30h e ainda continuava com sono rsss. Pedi a mulher um pouco de café para acordar (como café melhora tudo né rs), ela nem me cobrou; arrumar as coisas e bora começar outro dia preocupante.
Quando ia sair fui me despedir de todos e a senhora veio conversar comigo, ela ajuda muita gente ali, me contou sobre sua vida ali, os rapazes lá sempre gente boa demais, sempre querendo me ajudar de alguma forma, muito educados e gentis. Fico pensando no cotidiano deles, não tem muita coisa mas são gente simples, humildes e honestas, não tem como boatos derrubar isso. Deus esteja com eles. Gostei daqui.
Fui à balsa, que começa a partir das 6h, mas só se tiver cheia. Como tava vazio, esperei até 9:30h para sairmos com umas vans de passageiros que iam chegando.
Moto não paga nada, carros tem que comprar passagem em Georgetown e talvez em Lethem, como é isso hem, já pensou chegar lá e ter que voltar? Sei não rs. Mas já sabia que moto não pagava.
Logo que atravessa tem um posto policial, todos os passageiros na minha frente, mas foi rápido, só conferir documentos. As vans foram na frente. Logo alcanço elas, paradas lá na frente, todos passageiros descendo, aff, parei e fiquei sem entender, o que teria acontecido? Mas avistei que era um enorme e comprido atoleiro, anão cara, denovo não, vai começar o inferno? As vans vazias iam com tudo e quase capotavam no atoleiro de quase 100mt, e eu só olham aquilo abobado como iria passar ali. Mas sabia que não estava sozinho, era melhor pois alguém poderia me ajudar dessa vez, ufa.
Mas tive outra ideia rsss. Olhei por onde os passageiros iam a pé e resolvi ir também, apesar de difícil, seria melhor, e fui, afundando e atolando, acelerando e empurrando, consegui, ufa, que pneuzinho bom, até desliguei a moto depois disso, eles foram embora e fiquei ali para tomar uma água, me render à selva num ato de agradecimento a Deus, depois dessa eu já não sabia o que teria mais pela frente. Mas vamos lá, se sobrevivi até aqui o resto é só tocar rs. Fé em Deus.

Teve mais algumas dificuldades, mas já estava tão acostumado ao caos que só ia vencendo um por um. Outro posto policial e as mesmas vans paradas, parei também. Dali para frente a estrada começou a melhorar, foi uma paz, veio a chuva e preocupação com atoleiros, mas nada sério, foi bom para refrescar e tirar um pouco do suor, cheguei em Annaí, um vilarejo outro ponto que tem Gas Station. Depois de Annaí, a floresta e selva acaba e começa a savana, só savana, muito estranho. Mas a estrada piora muito, não com atoleiros, mas buracos secos e fundos. Putz, só primeira e segunda marcha por horas. A moto é levada ao extremo nos buracos. Logo se nota que semanas atrás estava tudo encoberto pela água, como já me disseram, ninguém passa, fica tudo inundado! Muito louco. Depois de horas, do nada a estrada vira um tapete, ufa, outra paz. Sempre engraxando a corrente que a dias me deixa preocupado, pois quase todo dia tenho que ficar esticando, ruim isso. Logo chego em Lethem/Bonfin. Divisa com Brasil. Faço a aduana da Guiana, saída. Depois vou para a aduana do Brasil (estranho, nunca ao entrar no Brasil agente passa pela PF, mas aqui na da Guiana precisa).
Cara, eu tava tão feliz por ter conseguido, por ver asfalto, por falar português denovo, por andar pela direita (lá vai acostumar denovo, que coisa chata e perigosa rss), que não tava mais cansado, (apesar que ainda não comi, só bebendo água, nem sei quantos dias não como de verdade). Fui procurar um hotel para lavar roupas e dar uma geral na moto que coitada precisa mais do que eu kkkk. Cheguei, me desmontei, mas fui procurar um lava-jato só para lavar a corrente que tava só na lama. Sempre carrego um Motul C1, ajuda muito. Lavei, engraxei e estiquei denovo, calibrei forte os pneus (27 e 33) e tudo pronto para amanhã. VENEZUELA! Seja o que Deus quiser e me comandar.

Não tô aqui para tocar uma de herói, não mesmo. Estou aqui na minha fase de aprendizagem, só isso. É uma coisa pessoal, é para minha realização. Se não for para acontecer, não vou forçar a barra, simples assim.
Muitos perguntam para que isso então... não tenho resposta certa, mas uma delas é que não tem como evitar esses trechos únicos né rs. Não tem outra forma de sair da Guiana Inglesa para o Brasil a não ser por aqui. Não vou deixar de ir só porque tem essas dificuldades, senão estaria em casa vendo novela.
"Dificuldades preparam pessoas comuns para destinos extraordinários"

Bora rodar! Abraços e obrigado meus amigos pelos 7500 km juntos até agora! Ainda faltam uns 20 rs.
(se for copiar o texto, favor citar o blog ok)










31/08/2018
Do Oiapoque ao Chuí

CONSEGUI!
Mais uma conquista, um sonho!
Do Oiapoque ao Chuí, conquistado! Deus acima de tudo!
(aqui em Oiapoque é bem tenso, como toda fronteira, já tive problemas com câmbio, amanhã vou passar para a Guiana Francesa pela ponte, parece que mudaram os esquemas aqui, vamos ver... Internet aqui é o maior problema, hiper difícil. Não consigo atualizar Blog depois atualizo... 🤔, depois detalho tudo, vamos ficar esperto aqui rsss)






27/08/2018
Segue a Expedição América do Sul! Já em Belém!

Olha... As vezes não canso de agradecer, o tanto que nossa irmandade é forte. Hoje recebi um apoio muito forte aqui em Belém, esse pessoal do Nortistas MC, o Leandro Torres Imbiriba, o Professor, o Gladiston, enfim... Um pessoal muito forte em dar apoio, eu precisava dar uma geral na moto aqui, comprar passagem de barco etc, eles já passaram rádio um pro outro e em minutos toda logística já foi eficientemente organizada em me ajudar, me pegaram cedo aqui onde estou no meu primo e tios, logo eu estava num lava-jato limpando minha relação que estava impregnada de areia e Motul C4, ufa, limpinha agora rss. Depois já fui trocar os pneus, até que enfim o Mitas E07, o famoso da República Tcheca! (tomara que não decepcione rs). Já havia comprado na Moto Rides Curitiba (Mitas do Brasil) e despachado pra cá. A moto ficou muito mais alta, não dá pra ter um parecer por agora, em breve vou pegar Off-Road lá perto da Guiana, daí já falo algo 👍
Deu um trabalho e tanto colocar esses pneus, pois, tem a Câmara de Ar reforçada que também é Mitas, a única no mundo com classificação TD06, tá bem difícil ter problemas com furo agora rsss, não é impossível, mas... Tô preparado! (os pneus antigos rodaram 13 mil km e estavam meia vida ainda, mas doei para um integrante do MC deles aqui, pois não sou de levar pneu amarrado na moto pra passear rss).

Depois fomos para uma cc yamaha aqui, a Terranew Motos 91 3202-7730 que deu outra geral na moto, óleo, filtro, arrumou um suporte para bolha, esticar corrente, etc, gente boa, um Venezuelano e um Colombiano que cuidam lá rss, muito gente fina, já trocamos contato para possível apoio na Yamaha da Colômbia também, pocha rsss... Lembrei dos amigos da Belcar Motos lá de Goiânia, sempre na maior eficiência, saudades, esse pessoal é sempre muito prestativo com quem viaja né, gostei 👍
Enquanto isso o Gladiston já tinha visto o contato do amigo no barco e já me reservou para amanhã às 10h no porto com um desconto muito bom, de 800 para 500 reais, para mim e moto. (geralmente é mais barato esse trajeto, mas para quem fica em redes. Rede pra mim é suicídio 🤦‍♂️, não posso brincar mais com minha cirurgia da coluna, pode estragar tudo, já até tentei, mas não dá 🤦‍♂️, infelizmente nesse caso preciso ir no camarote do navio, por isso mais caro um pouco, até pedi para deixarem por meu colchão no chão, mas não deixam rs).
Depois me levaram para almoçar e até pagaram a conta 🤦‍♂️ Mano rs fiquei muito sem graça com tanto apoio kkkk. Mas muito grato 🙏🙏 🙏 Ainda não acaba, pois amanhã o Leandro vai vir me pegar aqui e levar até o barco também, fora isso também arrumou onde ficar lá em Macapá 🤦‍♂️ kkkk. Top, obrigado mesmo!
Depois fomos dar uma voltinha pela cidade, linda Belém! A tal Estação das Docas, o tal Ver o Peso, é coisa de outro mundo, tem que conhecer.

* SOBRE A MOTO: Bom, até agora tudo ok, fora a preocupação com a relação que até os 8 mil km não havia dada a primeira esticada na corrente, até aqui aos 13 mil km, já foram 3 esticadas devido à tocada e peso, isso me faz pensar que não vai dar para fazer toda expedição. Já começo a pensar onde vou ter que comprar e/ou trocar. Já descobri que Colômbia tem muitas Tenere 250 e a yamaha é forte por lá, então já me deixa aliviado... 🤔
Com relação ao Banco do Pedrinho, é bom, mas não milagroso, (melhor que o original), até então estava ótimo, mas viajar todo dia, até 14h sentado ali a bunda sente sim, vou improvisar algo, paciência!
Consumo está por volta de 29 à 32 km/lt rodando à 6, 6500 mil giros, coisa de 80 à 95 km/h (gps, pois painel da bem mais e não vale rss). Acima disso é ruim.
Peso e dirigibilidade: Um Tesão, tô adorando isso rsss. Entro e saio de quaisquer bimboca 😁 😅. Os reforços que fiz estão sendo muito úteis!

Enfim, é descansar, amanhã parto para Macapá! (e tá começando a ficar interessante rsss)
Obrigado amigos, obrigado mesmo 🙏 🙏 🙏



18/08/18
Para se tornar uma lenda? Superstição? Ao acaso? Providência Divina é claro!


DEFINIDO O ROTEIRO E A DATA DE SAÍDA: 🔹18/08/18
🔹12 Países
🔹+ ou - 95 dias
🔹+ ou - 25 mil km
🔹Yamaha Tenere 250
🔹Solo

Agora é correr atrás dos últimos passos, não está sendo fácil, o financeiro ainda é o maior problema, consegui 35% do necessário, e vou ter que me virar com isso, mas dá, é só questão de prioridades e cortes de coisas desnecessárias como hotéis, turismos pagos, alimentação desnecessárias, etc.
Ainda em planejamento até quase o dia de saída, pois dependo do visto francês que está sendo um saco de burocracias caras, a negociação do barco de Manaus à Tabatinga/Letícia de 7 dias subindo o Amazonas com a moto (vai me custar uns 2 mil conto, o maior gasto da viagem, visto que não poderei ficar em rede pra dormir e não estão deixando dormir no chão com meu colchão 🤦‍♂️, só pra me empurrar um quarto camarote caro que não quero); o avião pra mim e moto pra Bogotá (esse por incrível que pareça é barato rs, por uns 300 conto acha uns doido lá 🤪 kkk La Ruta Del Narcotráfico Hermano 😁😅)... Tenho que deixar tudo isso definido até a saída.
A moto está ok, muito bem preparada, com grande ajuda da Belcar Motos, pneus mitas e07 novos serão colocados em Belém, antes de subir pra Selva das Guianas, top.

* A cada dia irei atualizar o Blog, já avisando onde irei dormir no dia seguinte, se alguém puder me sugerir lugares seguros para acampar, será de muita ajuda 👍. Pretendo acampar o máximo possível, hostels e pousadas só pra emergência mesmo.




Ai está uma ótima oportunidade de investimento para empressários audaciosos, procurem o presidhennte







Meio milhão de Kms percorridos em cima de uma moto


É meio chato postar isso, fica parecendo egocentrismo demais rsss, não curto isso, isso não me faz melhor que ninguém, não mesmo.
Mas estamos na era "redes sociais" né, todo mundo posta tudo, então, háááá!!!! kkk
Tenho costume de anotar tudo, controlar tudo, até para as motos eu tenho uma planilha para cada, daí desde a minha primeira moto eu fiz essa planilha no Excel e venho anotando rsss, massané!

IIHUUUU TO QUASE PEGANDO MEU PRIMEIRO MILHÃO!
Minha bunda chega dói de andar isso tudo kkkkkk, já foi umas 10 bundas, 10 colunas, porém milhões de minutos de intenso prazer!
Que venham mais, com proteção divina acima de tudo.
OBRIGADO SENHOR!
Nem tudo são flores, mas nossa história sempre termina em um jardim. Faça sua história! Plante seu jardim!

O dia que fizer 1 milhão de km rodados eu dou uma festa com Tang, Tubaína e Carne Friboi proceis, seus Zé Roelas kkkkkkk
Tamu Junto!
 
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